A Polícia Civil de Mato Grosso e o Ministério da Agricultura apreenderam 44,5 toneladas de defensivos agrícolas adulterados e 22 mil produtos de uso veterinários irregulares, em uma empresa de Campo Verde, na quarta-feira (28). O material apreendido está avaliado em R$ 5 milhões.
A carga de produtos foi localizada após uma fiscalização de combate à venda de insumos agropecuários ilegais, realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e superintendência local do Ministério da Agricultura e equipes de Goiânia e de Brasília.
Um exame, realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, detectou altos níveis da substância Fipronil no fígado de um bovino abatido em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal, o que desencadeou a fiscalização em uma propriedade rural. A substância não tem autorização para uso veterinário.
A empresa, que atuava na revenda dos produtos, foi interditada pelo órgão federal e os proprietários presos pela GCCO por falsificação, corrupção e adulteração de produtos para fins terapêuticos. O casal, de 42 e 50 anos, foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, em Campo Verde, e autuado em flagrante por crimes contra a saúde pública e relações de consumo.
Com o engenheiro agrônomo, que responde pela empresa autuada, os policiais civis localizaram uma carteira de habilitação em nome de outra pessoa.
“Os resultados da operação refletem a importância da ação conjunta e integrada com o Ministério da Agricultura, para combater atividades ilícitas com insumos agropecuários, que podem colocar em risco o agronegócio de Mato Grosso”, destaca o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
Para o Mapa, a operação demonstra a importância da integração e atuação do órgão federal na proteção da saúde animal, vegetal e pública, que agiu, desde a detecção dos resíduos de substâncias nocivas na carne dos animais, planejamento, investigação e identificação do produto à punição administrativa e penal dos infratores, com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso.
A ação resultou em um auto de infração, dois termos de apreensão, um termo de interdição e nas prisões em flagrante. A fiscalização contou com apoio da equipe da Delegacia de Campo Verde.