Cassado e sem registro, Neri Geller recebe 310 mil votos e fica em terceiro entre nomes ao Senado

Mesmo com o registro de candidatura ao Senado indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Neri Geller (PP) obteve 310.481 votos no pleito de 2022. Informação consta em relatório de resultado de totalização. Os votos foram computados como nulos. Caso fossem computados entre os votos válidos, Neri Geller estaria na terceira colocação entre os mais votados.

Conforme o relatório, Wellington Fagundes (PL) obteve 825.229 votos, sendo eleito. Antônio Galvan (PTB) obteve 337.003, ficando na segunda colocação. Kássio Coelho (Patriota) 52.940. Feliciano Azuaga (Novo) obteve 33.167. Jorge Yanai (DC) 27.937. Jose Roberto (Psol) obteve 22.491.

Eleito deputado federal em 2018, Neri Geller foi cassado pela prática de abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos. De acordo com a denúncia, durante a campanha para as Eleições Gerais de 2018, o então candidato fez doações consideráveis – num total de mais de R$ 1,3 milhão – a 11 candidatos a deputado estadual, dos quais quatro conseguiram se eleger.

Ocorre que, dos 11 beneficiários, apenas três, que receberam somente 7,53% do total doado, pertenciam à coligação composta pelo partido Progressistas, ao qual Geller é filiado. Já os quatro eleitos foram destinatários de 57,14% das doações.

Além disso, o MP Eleitoral apontou indícios, nas prestações de contas de campanha do deputado federal, da utilização de “triangulações de contas bancárias”, intermediada por Marcelo Geller, filho do então candidato, para captar doações de pessoas jurídicas para financiar a campanha do pai, prática que é vedada pela legislação eleitoral.

O esquema também teria por objetivo maquiar a violação do limite legal para doações eleitorais por pessoas físicas, já que o candidato aportou como recursos próprios R$ 942 mil – dos quais não foi comprovada origem lícita.

Em consequência da cassação, registro de candidatura para o pleito de 2022 não foi deferido.

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