Prefeita no Nortão renuncia mandato por não aceitar Lula como presidente

A prefeita de Carlinda (280 km de Sinop), Carmelinda Leal Coelho (União), acaba de assinar a carta de renúncia do mandato, que termina no final do ano que vem, alegando que suas “convicções políticas colocaram contramão da administração que se inicia no dia 1º de janeiro de 2023 pelo novo presidente da República (Luiz Inacio Lula da Silva) e, por isso, não tenho forças para continuar dando o melhor de mim a frente do poder executivo municipal”. O vice, Fernando de Oliveira Ribeiro, assume como prefeito.

Ela havia manifestado, antes do segundo turno das eleições, que renunciaria se Lula fosse eleito. Carmelinda apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro que, em Mato Grosso, venceu no primeiro e segundo turnos. A gestora estava exercendo o segundo mandato.

Na carta que entregou, hoje, aos vereadores, ela explica que, “com muita tristeza, mas ao mesmo tempo com a sensação de dever cumprido, que me dirijo a esta nobre casa legislativa para informar a renúncia de meu mandato a partir do dia 31/01/2023. Tenho certeza de que serei julgada. Uns, me absolverão, outros me condenarão. Porém, minha consciência me deixa tranquila e me permite dizer a vossas excelências, enquanto representantes do povo de Carlinda, que trabalhei durante seis anos para que nosso município avançasse no equilíbrio das contas públicas, na melhoria da saúde, na melhoria da educação, na melhoria da assistencial social, na melhoria da infraestrutura, na melhoria da agricultura, enfim dos mais diversos setores e tenho certeza de que consegui”.

Carmelinda acrescenta que foi “reeleita com mais de 90% dos votos em minha reeleição e continuei a praticar atos que fizessem meu marido, minha filha, meu neto, meus familiares, meus amigos e meus eleitores terem orgulho de mim e, tenho certeza de que consegui, porém minha trajetória enquanto prefeita de Carlinda terminou”.

A gestora conclui a carta manifestando que o “ser humano inteligente deve saber a hora de entrar e sair de qualquer batalha. Chegou minha hora de sair e saio vitoriosa, porque consegui atingir meus objetivos nesses seis anos de mandado. Continuarei lutando como cidadã, esposa, mãe, avó e amiga e, com a graça de Deus, Nosso Senhor, o futuro provará que mais uma vez acertei e agi em benefício do povo de Carlinda”.

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