Em janeiro, município registrou oito casos de dengue com sinais de alerta

O período de chuvas aliado ao calor do verão traz à tona “inimigos” indesejados dos sorrisenses: o mosquito comum e o Aedes aegypti, vetor de doenças como a dengue, Zika e Chicungunya. Ambos preocupam e muito. Especificamente no caso do Aedes aegypti, a preocupação é constante e não somente nos meses chuvosos. O coordenador de Vigilância Ambiental, Júnior Antônio de Barros, salienta que “geralmente as pessoas se atentam para o Aedes e o perigo da dengue e das demais enfermidades, no período de chuvas e esquecem que a ameaça está presente o ano todo e que precisamos usar os meses de estiagem para manter possíveis criadouros limpos”, diz ao destacar que no mês de janeiro de 2021 o município registrou oito casos de dengue com sinais de alarme, quando há sintomas como dor abdominal intensa, vômito constante, dentre outros e que levam a internações, por exemplo.

Júnior explica que o número de casos confirmados de dengue no primeiro mês do ano é bem inferior a janeiro de 2020: 21 casos em janeiro de 2021 e 83 em janeiro de 2020. Contudo, o que preocupa é o aumento de 100% nos casos de dengue com complicações, classificada como com sinais de alarme: no ano passado foram quatro casos e nesse, oito. “Registramos o dobro de situações nesse sentido”, frisa.

O coordenador salienta que hoje os bairros com maior índice larvário são o Nova Aliança, Mário Raiter e Bom Jesus. “Nesses pontos estamos encontrando o maior índice larvário, porém destacamos que toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos”, pontua.

Entre os principais pontos com larvas, estão as plantas. “Registramos muitas larvas em vasos de flores”, alerta Júnior. Por isso, a equipe solicita que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra o coordenador.  Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

Hoje, 35 agentes de combate à endemias atuam no Departamento de Vigilância. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.

Uso de inseticida

Júnior pontua que o Departamento tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do município. Porém, o coordenador destaca que há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS. O coordenador pontua ainda que “o veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”, finaliza.

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