Gaeco prende acusados de criar pirâmide financeira em MT

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado de Mato Grosso (Gaeco) realiza nesta terça-feira (10) a Operação Easy Money (dinheiro fácil) com cumprimento de 17 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e sequestro de bens, com alcance em cinco estados.

A iniciativa tem como alvo um grupo acusado por um suposto esquema fraudulento conhecido como pirâmide financeira, operado sob o disfarce de marketing multinível, relacionado à prestação de serviços de aplicação no mercado financeiro.

De acordo com o Gaeco, as ações do esquema piramidal eram realizadas por meio da empresa King Investimentos, posteriormente chamada de King-Bentley e King Prime, com sede em Rondonópolis.

Os promotores afirmam que o esquema rendeu ao grupo lucro de milhões de reais, em prejuízo de inúmeras pessoas enganadas em diversos locais do país. Indícios apontam para a prática de crimes de lavagem de dinheiro e contra a economia popular.

A operação, fruto de investigação realizada no âmbito do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) nº 01/2019, tem o apoio operacional da unidade do Gaeco em Rondonópolis (MT) e dos Gaecos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Alagoas.

Na cidade mato-grossense deverão ser cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão.

O Gaeco é integrado por membros do Ministério Público Estadual (MPMT), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) e da Polícia Militar (PM-MT).

As pirâmides

A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51).

Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.

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