De acordo com o delegado de polícia Bruno França que está à frente das investigações desde o início, falou na manhã de hoje (14-11) à imprensa sobre o caso. Ele disse que com a conclusão do inquérito no último sábado, foi pedido o indiciamento dos envolvidos.
A Operação Xeque Mate, foi realizada em Sorriso no último dia 04 de novembro e levou para a cadeia integrantes de bando que agia lavando dinheiro, entre outas ações criminosas apontadas.
Na coletiva desta segunda-feira, o delegado relatou o envolvimento de um médico integrante da equipe da saúde pública de Sorriso. Durante as investigações foram apreendidos medicamentos irregulares, talonários para receituário e carimbos de médicos. “Concluímos que quatro médicos eram vítimas, mas um deles estava envolvido, vendendo receitas. Segundo um dos envolvidos presos, eram pagos R$ 30,00 por cada receita”, explicou o delegado.
O inquérito pede indiciamento dos seguintes suspeitos:
– Valdelírio Krug, por associação criminosa armada, receptação qualificada, lavagem de capitais, posse irregular de arma/munição de uso permitido e armazenamento irregular de defensivos agrícolas.
– Rodrigo calca, por associação criminosa armada, receptação qualificada e lavagem de capitais.
– David dos Santos Nascimento, por associação criminosa armada, receptação qualificada, lavagem de capitais e posse irregular de arma munição de uso permitido. A investigação levantou que no período de 38 meses ele teve creditado R$ 6,6 milhões de reais em suas contas. Para auferir esta renda ele teria que ter vencimentos mensais de R$ 175 mil reais e atua como professor primário.
– João Nassif Massufero Izar, preso em Cuiabá e apontado como líder do bando, deve responder por associação criminosa armada, receptação qualificada e lavagem de capitais.
– Nivaldo Souza Ramos, médico da rede pública de saúde de Sorriso foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, por venda de receita médica.
– Os três foragidos, Mauri Moreira da Silva, Sandoval Almeida Júnior e Ângelo Henrique Markoski da Cunha foram indiciados por crime de associação criminosa armada, receptação qualificada e lavagem de capitais.
– As mulheres foram indiciadas por lavagem de dinheiro e associação criminosa e foi pedida a transformação da prisão para prisão domiciliar. (Com informações de Milena Morais)
Sobre o médico:
Por meio de nota, a assessoria de comunicação do Executivo Municipal informou que até agora o município não recebeu notificação oficial sobre a investigação.
“Em relação ao médico indiciado no dia 12 de novembro, na operação “Xeque Mate” – que investiga um grupo que responde pelos crimes de associação criminosa, receptação qualificada e lavagem de capitais. Aa Prefeitura de Sorriso pontua que irá aguardar o desenvolvimento da investigação do trabalho das forças de segurança. Concomitante a isso, o Município também irá instaurar processo administrativo disciplinar para investigar as acusações contra o profissional e, no decorrer do processo, não é descartado o afastamento do cargo”.
