A Delegacia de Polícia de Sorriso cumpriu mandado de prisão temporária em desfavor de um homem de 38 anos, que durante uma discussão empurrou um idoso que acabou morrendo na BR 163 no final de semana.
A vítima, senhor Osmar Eduardo Martins, de 62 anos, foi empurrado pelo suspeito enquanto um grupo de pessoas discutia na BR 163 após um acidente. Por causa do empurrão, O idoso foi atropelado por uma carreta e um por um veículo de passeio, vindo a óbito no local.
A prisão foi efetuada na manhã desta sexta-feira (16), logo após o interrogatório do envolvido. Ele havia sido intimado após receber alta do hospital onde estava recebendo tratamento.
Segundo informado pelo delegado de polícia Dr. Eugenio Rudy, o investigado optou por apresentar sua versão para os fatos, tendo dito, em síntese, “que em determinado momento a vítima partiu para cima dele e, segundo ele, estava parado no momento em que a vítima partiu para cima dele. Alegou ainda que, visando se defender, teria em ato de defesa segurado os braços da vítima e em ato instintivo empurrado a vítima de volta. O investigado alegou que foi um ato reflexo. O interrogado alegou ainda que estava de costas para a via e não viu que estava vindo um veículo naquele momento. Continuou dizendo que estavam em cima do canteiro central no momento em que empurrou a vítima. Por fim, o investigado alegou que o empurrão foi em direção ao canteiro central, sendo que a vítima teria perdido o equilíbrio, uma vez que estava embriagada, e foi caminhando para trás, momento em que tropeçou no declive, pisou em falso no desnível do canteiro central com a via, e acabou caindo, momento em que foi atingida pela traseira da carreta que estava passando pelo local naquele momento e, em seguida, um outro veículo FIAT/TORO que estava passando pela via, logo atrás da carreta, também atropelou a vítima. O interrogado alega que a FIAT/TORO atropelou a vítima quando esta já estava no chão”.
Ainda de acordo com o delegado Dr. Eugenio, a Polícia Judiciaria Civil está tomando todas as medidas para concluir o inquérito policial dentro do prazo regulamentar. “A versão do investigado, que é um direito constitucional dele, também está sendo objeto de minuciosa análise, juntamente com outros elementos de informações que já foram colhidos e que ainda serão levantados”, destaca.
Em relação à prisão do investigado, o delegado explica: “Nessa quadra da persecução penal, entendemos que havia a necessidade de prisão do investigado, razão pela qual foi representado ao Poder Judiciário e deferida a medida. Agora, caminhamos para as diligências finais, visando pôr termo ao procedimento apuratório”.
A investigação estaria demonstrando a princípio, que a conduta do investigado se amolda ao crime de homicídio doloso, o que poderá ser alterado no curso das investigações.
