Policial Militar suspeito de agredir casal e atirar em mulher já havia sido preso em novembro por tentar extorquir e ameaçar empresário

Dois soldados da Polícia Militar lotados em Sorriso são apontados como suspeitos de terem agredido um casal que estavam sentados em um banco em uma calçada e terem atirado contra a cabeça de uma mulher, identificada como Elizângela de Moraes, de 44 anos, no dia 17/01, em Sorriso. 

Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento do crime. A princípio, houve a informação de que teria ocorrido uma confusão próximo a um bar e que os policiais teriam disparado acidentalmente. Porém, no vídeo é possível observar o momento em que o casal estava sentado em um banco e possivelmente os dois policiais, passam à paisana, se aproximam do casal e um deles dá um tiro, enquanto o outro agride o casal com tapas o policial volta e atira novamente contra a mulher à queima roupa. A mulher então, cai ao solo.

O policial que teria efetuado os tiros, identificado como Weberth Batista Ribeiro, de 30 anos, é suspeito de também ter tentado extorquir um empresário, exigindo dele a quantia de R$ 45 mil. Segundo informações, ele juntamente com outra pessoa, estariam atuando na prática ilegal de cobranças de contas.

O fato aconteceu em novembro do ano passado, quando o empresário apresentou denúncia perante à Corregedoria da PM e ao Ministério Público do Estado (MPE). O PM chegou a ser preso, mas depois foi solto. A prisão foi realizada no último dia 8 de novembro. O Comando da Polícia Militar abriu, à época, um processo administrativo para apurar a questão disciplinar do policial.

De acordo com a denúncia feita pelo MPE, o policial teria rondado a residência e o estabelecimento comercial do empresário para intimidá-lo a lhe entregar o dinheiro. Imagens gravadas pelas câmeras de segurança do estabelecimento mostraram que o suspeito chegou a invadir o local, deu um murro uma câmera de segurança e na sequência passou a fazer ameaças, inclusive sugerindo estar armado. Toda a ação foi gravada pelo circuito interno.

Outras duas pessoas também foram denunciadas pelo crime, entre elas, o gerente de uma rede de supermercados. Foram abertas duas investigações contra o policial pelo Ministério Público: por improbidade administrativa diante dos indícios de extorsão do comerciante para cobrança de dívida. E a outra, pelas agressões físicas e tentativa de homicídio.

O outro policial preso suspeito de tentativa de homicídio de Elizângela Moraes, Ezio Souza Dias, também é alvo da investigação do MPE.

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