Proibição da pesca do pintado no Brasil é adiada; Mato Grosso discute a forma correta de manejo do peixe

O Ministério do Meio Ambiente publicou, nessa segunda-feira (6), a portaria 229, que adia a proibição da pesca de pintado no Brasil. Em Mato Grosso, a secretária de meio ambiente, Mauren Lazzaretti, explicou que os trabalhos estão voltados em acompanhar as discussões técnicas sobre o assunto para estabelecer a forma correta de manejo do pintado no Estado.

“Estaremos contribuindo para a construção de solução e, assim, evitar que o pintado, que a pesca, que é tão importante para o estado de Mato Grosso, seja proibida” afirmou.

Conforme a nova portaria, a pesca passa a ser proibida a partir de 5 de dezembro deste ano. Porém, a captura do peixe já estará proibida desde 1º de novembro, quando inicia a piracema.

“Aqui no Pantanal o nosso rio ele é tão extenso. Ele não está na escassez. Diferente de outras cidades do Brasil, que realmente, né, os rios estão morrendo. Então, nessas regiões realmente está tendo a escassez do pintado. Mas aqui, pra nós, não”, disse a presidente da Colônia de Pescadores, Luciene de Lima

Determinação
A decisão de listar o pintado como peixe ameaçado de exintção é resultado de uma extensa análise técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que aplica os critérios de risco de extinção do método da IUCN (União Internacional de Conservação da Natureza), aceitos internacionalmente e utilizados por mais de 100 países.

O surubim é uma espécie de grande interesse para a pesca, especialmente no Pantanal, sendo um dos principais peixes desembarcados nas pescarias de toda a região pantaneira.

“Outro problema que prejudica as populações de surubim é a contaminação genética, que pode ocorrer em virtude da soltura ou escape de híbridos. Um dos híbridos mais comuns é a mistura do surubim com a espécie congênere cachara, Pseudoplatystoma reticulatum, gerando o que se conhece nas pisciculturas como o peixe “ponto-e-vírgula” por conta do padrão de pintas (do surubim pintado) e faixas (que vem da cachara, mais ‘tigrada’), explica Luciana Carvalho Crema, coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental do ICMBio.

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